Depois da queda de 1,5 ponto porcentual na taxa básica de
juros, a Selic, o governo discute agora a revisão da Taxa de
Juros de Longo Prazo (TJLP), usada como referência para os
empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). No próximo dia 26, o Conselho Monetário Nacional
(CMN), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento,
além do presidente do Banco Central, decidem se a taxa permanece
nos atuais 6,25%. Nos bastidores, há expectativa de corte de até
0,5 ponto porcentual para o período de abril a junho. Em agosto
de 2007, a TJLP caiu de 6,5% para 6,25%, nível mantido há 19
meses.
A taxa, reajustada trimestralmente, é calculada com base,
principalmente, do comportamento e da inflação e dos juros, e
nas expectativas futuras desses dois fatores. A arrecadação da
TJLP remunera os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) principal fonte de recursos do banco, no limite de 6% ao
ano. Atualmente, os 0,25% restantes são usados na capitalização
do BNDES.
Superávit primário
A redução do superávit primário (economia que o governo faz para
pagamento de juros da dívida), como reação à crise econômica, já
é bem aceita tanto por economistas desenvolvimentistas como por
ortodoxos, em um consenso raro no debate econômico no Brasil.
Mas, enquanto os primeiros veem a queda do primário como peça de
uma política fiscal anticíclica (que se contrapõe à contração)
que pode ter um efeito significativo para relançar a economia,
os ortodoxos são mais céticos – para eles, o espaço para
estímulo fiscal é pequeno, e há riscos de se criar despesas
permanentes que podem ser prejudiciais ao crescimento no médio e
longo prazos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: O Estado de São Paulo
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