Há 196 anos o Brasil se tornou senhor do seu destino. O maior país do Hemisfério Sul desde então percorre uma trilha cheia de pedras em direção à relevância, ao desenvolvimento e à justiça. E claro que temos motivos para nos orgulhar. Mas a data também é de reflexão: porque ainda não nos tornamos uma democracia madura?
Não é uma resposta fácil e muita gente se debruça sobre as dificuldades deste processo. Por enquanto, o que temos é a consequência de todos os nossos erros históricos. Ele fica mais evidente neste tumultuado processo eleitoral, onde o caos institucional se revela e onde o cidadão fica no meio do fogo cruzado entre os poderes.
São muitas disputas eleitorais sob a sombra da indefinição, com postulantes em clara situação irregular, mas que se mantêm vivos na campanha por causa de uma legislação confusa e hesitante.
Como motivar o eleitor ir às urnas nestas condições? Como culpá-lo de uma provável situação vexatória, no caso destes candidatos irregulares se elegerem e não puderem exercer o mandato? A vítima é a democracia e é desta forma que os partidos e as autoridades deveriam enxergar esta bagunça, um desafio a ser vencido. E deveriam unir-se para tornar as regras do jogo absolutamente claras.
Por enquanto, peço aos associados que pesquisem o candidato da sua preferência. Afinal, em caso de vitória, ele poderá exercer seu mandato? É o que nos resta para evitar erros. Paguemos mais este pato, para não pagarmos outros no futuro.
Até a próxima,
Claudio Tedeschi
“Quando falta uma ideia, é melhor não substituí-la por palavras.”
Johan Wolfgang Von Goethe (1749-1832), escritor alemão
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