Desde os tempos de menino, ouvia sempre um conselho muito comum entre os mais sábios: a solução mais fácil quase sempre não é a melhor.
Para enfrentarmos um problema difícil, o indicado, normalmente, é aceitar o caminho mais trabalhoso. Assim ficamos mais próximos do êxito.
É uma pena que o governo federal ignore esta lição tão preciosa. Aumentar impostos em plena crise, como foi anunciado esta semana, é aquela solução fácil que nos decepciona.
Tributos mais agressivos nos combustíveis é outro castigo duro para o contribuinte, já forçado a sofrer todos os desdobramentos da recessão.
Quando defendemos insistentemente a austeridade nos gastos públicos e o corte de privilégios adquiridos no funcionalismo é porque entendemos que estas são as únicas formas de não sangrarmos – de tempos em tempos – o bolso da população. É preciso entender de uma vez por todas: mais gastos, mais impostos e, por fim, mais degradação do ambiente econômico.
Por isso, a ACIL continuará lutando pelas reformas do Estado e constestando judicialmente eventuais abusos na tributação. Que os gestores públicos em todas as esferas – federal, estadual e municipal – pensem duas vezes antes de mirarem o contribuinte como o responsável pela solução dos problemas. Problemas que, na maioria das ezes, eles mesmos criaram.
Até a próxima,
Claudio Tedeschi
“Me arrancam tudo à força e depois me chamam de contribuinte”. Millôr Fernandes (1923-2012), humorista
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