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Ambiente fértil, economia pujante

Edição 12

Núcleo de Desenvolvimento Empresarial atua desde 2009 buscando caminhos que tornem Londrina um ambiente favorável para negócios e empresas

Fernanda Bressan

6 minutos

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Unir entidades, pontos de vista e um olhar focado na criação de ambientes econômicos sempre favoráveis para as empresas de Londrina. Há 14 anos, o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial atua com este objetivo: elencar demandas, necessidades e oportunidades para o desenvolvimento da cidade.

As reuniões semanais têm representatividade de peso, são 12 entidades dentre as quais estão ACIL, Sebrae, CEAL, Sinduscon, Sociedade Rural do Paraná, Codel, FIEP, Sincoval, Sindimetal e UTFPR. A cada ano, dez assuntos prioritários são colocados em pauta para serem trabalhados na busca por viabilizar soluções que tornem Londrina produtiva, competitiva e atrativa do ponto de vista econômico e empresarial.

Uma das conquistas mais recentes é a Lei Zucchi, que concede tratamento diferenciado de ICMS a empresas de tecnologia. “Esta lei foi criada há alguns anos por um deputado do sudoeste, da região de Pato Branco, que é polo de empresas de inovação. O Núcleo vinha mostrando ao governo do estado que Londrina tem vocação e peso nas empresas de base tecnológica, por isso, trazer esta lei para a cidade vai atrair mais desenvolvimento e empresas para cá”, explica Rodrigo Geara, superintende da ACIL.

Benefício

Rodrigo Geara, da ACIL:
“O Núcleo vinha mostrando que Londrina tem
vocação e peso nas empresas de base tecnológica”

Agora, Londrina integra as cidades com o benefício. “O governador Ratinho Junior assinou a lei em dezembro de 2022 para beneficiar algumas cidades e Londrina foi contemplada. Em resumo, ela concede benefício fiscal para incentivar setores de tecnologia da informação, telecomunicação e eletrometalmecânico, são setores estratégicos”, destaca Sérgio Osório, consultor do Sebrae. A lei reduz a alíquota de ICMS em 80% na importação de componentes, partes e peças utilizados para na industrialização do produto acabado.

Esta foi uma das muitas iniciativas já alcançadas pelo Núcleo. Rodrigo Geara aponta que as dez prioridades anuais são geridas semanalmente nas reuniões, sempre ampliando a participação conforme a demanda. “Dependendo da pauta, fazemos convites a pessoas que tenham a ver com aquele assunto, tanto do setor público como do privado, para fazer a gestão destas prioridades e buscar os apoios necessários para o andamento destas pautas”.

O trabalho recomeçou em fevereiro com novas metas e demandas. “Tem pautas que levam anos para se concretizar, como as construções, e envolvem muitas vezes alterações ou criações de lei, investimento de poder público e, por isso, seguem adiante”, diz Geara.

Empreendedorismo

Dentre as pautas que têm sido trabalhadas com bastante afinco, ele destaca o empreendedorismo nas escolas. “Nós já conseguimos incluir na Rede Municipal, e agora estamos buscando ampliar para a Rede Estadual de Ensino. Estamos trabalhando com o Núcleo de Educação e Secretaria Estadual para levar este modelo para rede estadual”, reforça.

Sérgio Osório amplia a lista de ações que tiveram resultado com a forte atuação do trabalho do Núcleo. “O MasterPlan veio desse trabalho, novos cursos de Engenharia para a cidade também, pleiteamos isso porque a área de inovação demanda estes profissionais de engenharia. Dá para falar ainda da revitalização do Centro da cidade, da criação da Sociedade Garantidora de Crédito (Garantinorte) e do Programa Compra Londrina, para citar algumas ações”.

Sobre o MasterPlan Londrina 2040, Osório destaca que o Núcleo foi bastante participativo. “A criação dependia de o prefeito encampar a ideia, e ele encampou. O MasterPlan é um planejamento estratégico olhando um universo de 20 anos. Tivemos a construção dele ao longo de um ano e, em 2022, já iniciamos os trabalhos de execução. O Núcleo não é o único neste processo, ele participa junto com outras entidades da governança”, destaca Osório.

Sergio Garcia Ozório, do Sebrae:
“Quem vem para cá se entusiasma com este movimento”

Futuro

O consultor do Sebrae acrescenta que o MasterPlan olha para todos os campos de desenvolvimento da cidade, como educação, segurança, economia e saúde. “É um olhar macro para a cidade. É olhar e entender o que é prioridade para trabalhar pensando no futuro e, assim, ajudar o poder público a direcionar a cidade de forma técnica, ver as demandas da cidade ao longo desta linha de tempo”, descreve.

Com tantas demandas e áreas, é pela representatividade e força que tudo acontece. “O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial trabalha para a melhoria de ambiente de negócio para uma série de empresas e de segmentos. Ele visa criar uma condição melhor para um número grande de empresas de Londrina”, acrescenta.

Inovação

Neste caminho, tivemos a criação do Ecossistema de Inovação de Londrina. “O Ecossistema de Inovação de Londrina teve o Núcleo como uma das forças atuantes. Contratamos um estudo do Instituto Certi que norteou os setores de potencial de inovação em Londrina. Estabelecemos ainda a governança do Ecossistema com a criação da Estação 43. A governança articula as ações do Ecossistema como um todo, temos as governanças setoriais e a Estação 43 aglutina estes esforços dos setores. Cada setor articula as suas demandas e ela amarra estas pontas”, esclarece.

Rodrigo Geara completa dizendo que o estudo da Certi levantou tendências de campos econômicos de potencial para um olhar futuro da cidade de Londrina. “Ela vem da cultura do café, passa por comércio e serviços, sempre identificando as vocações da cidade no campo da inovação e formando governanças em cada uma dessas áreas para atuar nestes campos”.

O Ecossistema de Inovação é um trabalho que segue no Núcleo. “Revitalizamos o espaço do Tecnocentro para atrair empresas da área de inovação, pesquisa e startups. O agro já tem a área no Parque Ney Braga para isso, o trabalho já começa a ter vida. Esta é uma pauta que teve data pra começar, mas não tem data pra terminar, está no calendário fixo do Núcleo”, reforça.

Soluções

Londrina é uma cidade que chama a atenção pela forma como empresários e entidades buscam juntos soluções que levam ao avanço, trabalho muitas vezes voluntário. “Temos esse capital social em Londrina, das pessoas se reunirem para resolver os problemas. Quem vem para cá se entusiasma com este movimento, os grupos empresariais se reúnem periodicamente para discutir melhorias, buscar soluções e oportunidades. Têm ações bem complexas no Núcleo, mas, como nos reunimos toda terça-feira, as coisas vão saindo, vão acontecendo”, finaliza Sérgio Osório.

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